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Slow Travel: colecionar fotos ou colecionar experiências?

‘Slow travel’ ainda é turismo, mas é uma forma de viajar sem pressa… bem literal, não? A principal diferença do turismo convencional para o ‘slow travel’: Pronto para viajar sem pressa?

Uma mulher segura um celular
Foto por Marta Wave em Pexels.com

O que é o ‘slow travel’?

‘Slow Travel’ é um novo jeito de viajar. Apesar de existir há muito tempo, esse novo estilo de viagem tem ganhado muita popularidade nos últimos anos.

Assim como o movimento ‘slow food’ e ‘slow fashion’, o ‘slow travel’ traduz um estilo de vida. A vida das pessoas está cada vez mais corrida, mais apressada. 

O movimento ‘slow’ como um todo chama a atenção para o tempo das coisas. É uma forma de parar e se conectar com o momento. O objetivo é desacelerar e viajar sem pressa nenhuma, curtindo cada nova experiência.

Este movimento também tem conexões profundas com o desenvolvimento sustentável e com a nossa saúde (física e mental). O fast-food, o fast-fashion, marcaram gerações que não tinham tempo, que não podiam parar para apreciar as coisas.

Isso não significa que o turismo convencional seja algo ruim. Até porque, o ‘slow travel’ tem algumas peculiaridades (como a disponibilidade de passar muito mais tempo longe de casa) que não são para todos. É apenas um jeito diferente de conhecer lugares.

O ponto chave do ‘slow travel’ é que ele não é turismo (como conhecemos), não é mochilão e não é morar. Ele é um pouquinho de cada uma dessas coisas, tudo junto.

Ficou confuso?

Basicamente, o conceito de ‘slow travel’ envolve uma viagem de longa duração. Um período de tempo para ter a experiência de residir, de conhecer os hábitos locais, para poder passear sem pressa e para mergulhar na cultura local.

Como o tempo é muito subjetivo, há quem prefira ficar em um lugar por seis meses e quem prefira ficar em um lugar por um mês.  O mais importante não é o tempo, é a forma de perceber o lugar e viver cada momento.

Razões para aderir ao slow travel

Quem me conhece sabe que eu sou ‘slow’ por natureza. E, desde que adotei a vida de nômade digital, viajo em um ritmo mais lento. Não estou criticando o turismo tradicional, até porque ainda faço turismo. 

Estou viajando o Brasil, tentando me conectar e conhecer profundamente cada cidade que passo, mas também aproveito para fazer turismo tradicional de vez em quando.

Sabe aquele famoso “bate e volta”? 

Pois é! Aproveito para conhecer alguns pontos turísticos próximos das cidades que estou visitando. Um, dois ou três dias de pura correria, turistando mesmo.

No entanto, seguindo o ‘slow travel’ em cada cidade que me hospedo, tento conhecer a cidade como um local

Vou à feira, à padaria, ando pelo bairro, faço amizade com os vizinhos e por aí vai. E, de vez em quando, faço turismo tradicional em cidades próximas ou pelo caminho.

Não é uma questão de fazer menos coisas, de conhecer menos lugares ou, como algumas pessoas pensam, de fugir das atrações turísticas. Nada disso.

O objetivo de viajar em ritmo mais lento é, unicamente, aproveitar cada momento.

Vantagens do Slow Travel

Duas mulheres estão abraçadas admirando a vista da cidade
Foto por Ramil Ugot em Pexels.com

Economia

Quando você fica mais tempo em um lugar, é mais fácil encontrar hospedagem com preços promocionais. O Airbnb, por exemplo, oferece descontos que chegam a 50% do valor total (clique aqui para ganhar cupom de desconto).

Além disso, é possível cozinhar. Como não há pressa, cozinhar em casa pode ser uma opção mais econômica e, às vezes, mais saudável.

Para quem viaja de ônibus ou avião, o custo com passagem é o mesmo, independentemente do número de dias entre os trechos de ida e volta. Mesmo assim, ter mais tempo pode ser uma vantagem na hora de comprar passagens promocionais.

Para quem viaja de carro (como eu), o custo com a gasolina é o mesmo. A economia está em aproveitar para conhecer lugares ao redor. Por exemplo, morei em Porto Alegre por um mês e aproveitei para conhecer Gramado, Bento Gonçalves, Tramandaí. Eu já estava ali perto.

Imersão

Outra vantagem do ‘slow travel’ é a possibilidade de imersão na cultura local.

Em uma viagem mais rápida, os pontos turísticos têm preferência. Isso não acontece em uma viagem ‘slow’. É possível conhecer os pontos turísticos com calma, escolher dias em que são menos frequentados e visitar locais que não aparecem na rota do turismo.

O ponto mais interessante (na minha opinião) é entrar em contato com a vida local. Conhecer e ter tempo para entender o estilo de vida das pessoas. Perceber as diferenças culturais, não com o choque do diferente, mas com interesse e vivência.

Quando cheguei em Porto Alegre, achei que tinha tomado uma péssima decisão. Não gostei da cidade, estranhei o lugar. Não conseguia me localizar, me perdia.

Mas depois de um tempo, conheci muitas pessoas locais. Essas pessoas tinham uma característica em comum: eram muito alegres e solícitas. E eu me adaptei e já me sentia parte do lugar.

A adaptação é um elemento que faz a diferença em uma viagem. A sensação de pertencimento, de compreensão e a possibilidade de assimilar o novo, tornam o ‘slow travel’ especial.

Estar presente

Por último, o mais interessante dessa modalidade de turismo é poder estar presente. Não há pressa, ninguém precisa correr do ponto A ao ponto B. 

Há tempo suficiente para experimentar cada nova sensação, para descobrir coisas novas, para ficar uma hora de papo com um local. Há tempo para desenvolver um novo hábito.

A pressa é a maior inimiga da vivência. Estar sempre atrasado, sempre pensando no próximo destino, na próxima reunião, no próximo compromisso, nos impede de prestar atenção integral ao que estamos vivendo agora.

Adotar a vida ‘slow’ não quer dizer ir mais devagar, quer dizer prolongar o presente e viver sem pressa

Na vida, não é possível ter tudo, fazer tudo. Sempre é preciso escolher. O que tem significado para você? O movimento slow é um convite para ter e fazer as coisas que significam mais para cada um de nós.

Amigos se divertem em uma paisagem de montanha
Foto por Helena Lopes em Pexels.com

Cada encontro, cada experiência de vida é única. Podemos voltar a um lugar no futuro, mas a experiência será completamente diferente. Estar presente no aqui e no agora é uma forma de se conectar com o momento.


Se você gostou deste artigo e está mais preocupado em colecionar experiências, não deixe de ler Construa apachetas pelo caminho.

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