Tem muita notícia por aí falando que os blogs estão em extinção. Mas será que isso é mesmo verdade? Estamos vivendo a Era do Vídeo. O Youtube, o Tiktok e o Whatsapp estão entre as 10 redes sociais mais usadas pelos brasileiros.
O Instagram, um aplicativo que começou com fotos, já criou duas ferramentas de vídeo para manter seus usuários na plataforma: o Stories e o Reels. Além disso, as lives marcaram o nosso ano de 2020 e, pelo jeito, já caíram no gosto popular.
Apesar de tudo isso, 77% dos usuários de Internet ainda leem blogs. São 409 milhões de pessoas lendo conteúdos postados nessas páginas (sim, existe uma lista com todas essas estatísticas).
Neste artigo, vou contar tudo o que você precisa saber sobre o blog. Continue lendo.

Como o blog surgiu?
Quando tudo isso ainda era mato, no final dos anos 90, não existia Facebook, nem Orkut e nem o MSN (pasmem!). Pois é, naquela época a gente já usava a Internet como uma ferramenta de relacionamentos, mas a coisa era diferente.
Quem aí (você que está lendo este artigo) lembra das famigeradas salas de bate-papo do UOL em que a gente inventava os nicknames mais “sensacionais” do momento e, vez ou outra, errava e mandava mensagem privada para a sala toda? Pois é, eu era mais conhecida como Misato (outros tempos).
Algumas pessoas mais descoladas ainda possuíam um número de identidade do ICQ (que nunca consegui decorar). Toda vez que você recebia uma nova mensagem o programa cantava “Oh-oh”. Fofo!
Mas, o mais legal mesmo era o mIRC (Internet Relay Chat). Um protocolo (que não é a mesma coisa que um aplicativo) de comunicação entre usuários da Internet. Nele, você podia entrar em grupos, criar salas abertas ou fechadas e, ainda, mandar mensagens privadas. A gente esperava o relógio bater meia-noite (por causa do pulso telefônico) e encontrava os amigos. Bons tempos!

E aí apareceu o weblog…
Foi mais ou menos nessa época que surgiram os weblogs. Páginas da Internet para que o usuário postasse suas ideias, abertamente, como um diário — bem condizente com a mentalidade que reinava na Internet daqueles tempos: liberdade. Tinha gente que não achava que os protocolos de comunicação e as salas de bate-papo davam espaço suficiente para expor ideias. Criando um weblog, eles podiam controlar melhor o conteúdo e falar sobre qualquer coisa que quisessem. O nome “blog” vem de weblog.
Quando surgiram os messengers como conhecemos, o mIRC perdeu espaço — mas não morreu. Logo depois, vieram as redes sociais como o Orkut e, em seguida (pelo menos para os brasileiros), o Facebook. No meio dessa mudança toda, o blog resistiu, evoluiu, se popularizou, e as pessoas perceberam que eles podiam ser usados para muitas coisas.
As pessoas ainda leem?
Eu tenho escutado muito que “as pessoas não leem mais”. Mas isso não é verdade. Eu sei que é difícil acreditar no que estou dizendo, por isso trouxe alguns dados, publicados pela Veja, que vão te surpreender.
- A venda de e-books cresceu 115% de 2016 a 2019.
- O mercado de áudio livro cresceu 24% nos últimos três anos.

Se você ainda não está convencido de que todo mundo lê, saiba que a BBC publicou um artigo inteirinho falando sobre o poder das legendas no Instagram. Sim, legendas em uma rede social de fotos (e, mais recentemente, vídeos). Segundo a publicação:
“As análises mostram que fotos publicadas com legenda no Instagram recebem mais interações do que aquelas sem texto. A Socialbakers, empresa de marketing de rede social, analisou seis grandes veículos de comunicação, como BuzzFeed e HuffPost, e descobriu que postagens acompanhadas de texto explicativo geraram 41% mais interações em média ao longo de 2017”.
As pessoas estão lendo mais. Alguns perfis do Instagram como o @book.ster e o @portugueselegal são uma prova de que os internautas querem ler mais e melhor.
Blog é ferramenta de Marketing Digital?
Não apenas é, como grandes empresas já usam o blog dentro da estratégia de Marketing Digital.
Você pode não saber direito o que é um blog, mas aposto que sabe o que é um Influencer digital. Segure o queixo aí pois as primeiras influencers surgiram com o blog! Camila Coutinho (Garotas Estúpidas), as irmãs Alcântara (Tudo Orna) e muitas outras começaram suas carreiras assim. Você nunca se perguntou o porquê do nome “blogueira”?
Foi mais ou menos assim que esses diários digitais passaram a ser vistos como uma interessante ferramenta de Marketing. Um review de produto era publicado em algum blog de moda, e as vendas bombavam! Maquiagem? A mesma coisa! Mas a influência não se restringe ao universo feminino, até lojas de ferramentas de pesca usavam (e ainda usam) essa estratégia.
As empresas descobriram que ter um blog institucional gerava mais tráfego para o site delas. Um dos motivos é o melhor rankeamento nas páginas de buscas (mas isso é tema para um próximo artigo). Esses textos têm a função de informar, educar e divulgar os produtos ou serviços da empresa.
O conteúdo do blog atrai o consumidor para que ele conheça o site da empresa e se torne, posteriormente, um cliente. Também há casos em que esse material é usado para criar um vínculo com as pessoas, lealdade e recorrência. Elas criam a própria influência.
Muitas vezes, as pessoas clicam em links nas redes sociais, são redirecionadas para um blog e nem se dão conta de que estão consumindo esse tipo de conteúdo. Isso já aconteceu com você?
Pois é, ter um blog para falar sobre seu produto ou serviço pode aumentar o alcance da sua marca e, consequentemente, seu número de vendas. Seja você um prestador de serviços, um aspirante a Influencer ou um dono de loja, que tal começar a usar o blog como uma estratégia de marketing?

Não é o fim do blog! Na verdade, ele está cada vez mais em alta! Agora que você já entendeu melhor toda a história por trás do blog, que tal começar a escrever o seu? (Aqui, um artigo sobre a generosa arte da escrita). Eu sei que muita gente pensa neles como uma ferramenta de negócios, mas se o seu lance é só expor seus pensamentos: vai fundo! Afinal, o blog raiz era um diário online para organizar as próprias ideias e encontrar pessoas que pensavam como você. Por que não?
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Nos vemos!
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